Resenha: A Morte da Luz de George R. R. Martin

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Demorou, mas finalmente chegou a resenha do livro A Morte da Luz, do meu autor favorito, George R. R. Martin. Terminei o livro faz acho que uns quatro dias, não postei a resenha ainda por preguiça e também porque sempre tinha ideias de textos, então acabou ficando. Além de que demorei mais que o normal para terminar o livro - que eu particularmente achei pequeno - por motivos que comentarei no post.

Sinopse do livro: Um planeta está prestes a morrer, seu caminho se afasta das estrelas que trazem vida àquele lugar. Suas 14 cidades, construídas rapidamente quando o planeta passou por perto de uma grande estrela, também estão moribundas. Worlorn não é o planeta que Dirk t’Larien imaginava, e Gwen Delvano não é mais a mulher que conhecera. Ela está ligada a outro homem e a esse planeta moribundo preso no crepúsculo, seguindo em direção à noite sem fim. Em meio à paisagem desoladora, há um violento choque de culturas, no qual não há códigos ou honra e uma batalha se espalhará rapidamente.

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Eu gostei muito do livro, logo nos primeiros capítulos eu me apaixonei pela história. George R. R. Martin tem um jeito bem diferente de escrever seus livros (As Crônicas de Gelo e Fogo é um ótimo exemplo ♥), os personagens não são bons, nem maus, cada um tem seu jeito de agir nas situações, e é basicamente impossível rotular quem é o malvado e quem é o bonzinho, haha. O que faz você realmente gostar deles, apesar das coisas ruins que as vezes eles fazem, mas sempre tem um motivo. Você realmente se apega a eles - o que torna tudo complicado quando eles morrem, e aqui, novamente, As Crônicas de Gelo e Fogo são um bom exemplo.

''Ressentido, estendeu a mão, pegou a joia e fechou o punho com força ao redor da pequena pedra. Poderia jogá-la pela janela - decidiu -, dentro das águas escuras do canal, para bem longe, com tudo o que ela significava. Mas uma vez dentro de sua mão, a gema era um inferno de gelo, e as lembranças eram facas.'' Página 10.

O modo como ele descreve as coisas é bem real e intenso, por isso é realmente difícil você não se apaixonar pelo mundo que George R. R. Martin criou em A Morte da Luz. A história como podem ver gira em torno de Dirk t'Larien, e a joia do trecho grifado anteriormente foi mandado a ele por Gwen Delvano, basicamente uma paixão antiga. Convidava-o ao planeta chamado Worlorn. Só que como vocês viram na sinopse, as coisas mudaram, e Gwen (a quem Dirk chamava de Jenny), está unida a outro homem, um Kavalariano, estão unidos por jade-e-prata. E é aí que a história - e os problemas - começam de verdade.

''Então, Worlorn vive um lento entardecer. Alguns anos mais e os setes sóis vão encolher até se tornarem sete estrelas, e o gelo virá novamente.'' Página 24.

Tudo é descrito de uma forma muito atraente, faz você querer ler cada vez mais, e descobrir o que vai acontecer com Gwen e Dirk e com os outros habitantes de Worlorn, até mesmo com o próprio planeta. Pois a história passa em um mundo, digamos, espacial. Com seus aeropatinetes e aeromóveis. 

Eu gostei muito do livro - como já disse -, poderia ler de novo. Demorei para terminá-lo por um motivo bem besta, a minha expectativa. Sempre que pegava o livro na mão, via aquele nome escrito: George R. R. Martin, adivinhem a primeira coisa que eu sempre pensava: As Crônicas de Gelo e Fogo. Desde o começo, eu acreditei que seria muito parecido, apesar de A Morte da Luz ter sido escrito vários anos antes de As Crônicas de Gelo e Fogo, eu sempre pensava nisso, por ser o mesmo autor acreditei que fosse basicamente igual. Por isso, eu mesma estraguei a minha experiência com o livro. Porque eu esperava a mesma violência, aquela bela descrição das mortes de forma incrível e envolvente que temos em asoiaf (cansa escrever o tempo todo As Crônicas de Gelo e Fogo, sabia?). Só que é bem ao contrário, a poucas mortes em A Morte da Luz, e quando acontecem são rápidas, sem aqueles detalhes. Não somente as mortes, mas muitas outras coisas eu comparei, não dá para citar tudo aqui, mas a principal mesmo foi a violência inexistente.

Percebam: A minha paixão por asoiaf basicamente estragou tudo, o que eu imaginava, foi bem o contrário. A única coisa parecida foi o final do livro, terminou com aquele gostinho de ''quero mais'', típico do George R. R. Martin. Mas o livro foi escrito em 1977, não acho que terá uma continuação (sintam o meu desespero).

Mas o que eu posso dizer hoje (depois de perceber o que eu estava fazendo) é: Leiam. Leiam o livro que vocês jamais vão se arrepender. Entrou para a minha lista de favoritos com certeza, amei ele de verdade, apesar de todo o rolo que eu fiz, haha.

''Algo especial manterá Worlorn e seu povo na mente dos leitores muito tempo depois que a página final for lida.'' - Galileo Magazine.

Saibam, que eu não esqueci e nunca vou. Pois a história e os personagens são realmente, inesquecíveis. :)

Não sou tão boa em escrever resenhas como outras blogueiras, mas pelo menos consegui escrever tudo o que eu queria. ><